sexta-feira, dezembro 14, 2018

[Livros] Os 3 melhores livros de 2018

Minha parte preferida da estante <3

Esse ano no quesito leituras não foi tão bom para mim. Dediquei 2018 inteiro para o cursinho e as únicas obras que eu li foram os livros obrigatórios da UFPR. Conheci mais sobre a nossa literatura brasileira e eu estava precisando disso. No geral eu cresci muito como pessoa e conheci obras que criticam muito o sistema, o racismo, o preconceito, o machismo e inúmeras outras coisas. Isso, para mim, foi o essencial.

Li três livros que foram uma surpresa para mim. Não esperei que fosse gostar tanto deles. Se vocês quiserem resenha de algum, só pedir! Então vamos lá :)




1 - O Retrato de Dorian Gray.


Comprei esse livro quando eu era pequena em uma feira e foi um achado porque além de ser uma obra maravilhosa, a edição é incrível. Foi uma das primeiras leituras que eu fiz neste ano e foi uma surpresa para mim. Personagens super complexos e umas metáforas incríveis. Além disso, a história do próprio autor me marcou bastante e isso fez eu gostar ainda mais da obra. Bem, de qualquer forma, é um clássico! Eu indico ele para todas as pessoas, mas vá sabendo que não vai ser uma leitura tão clara assim. É preciso ler com calma pelas entrelinhas.

2 - Clara dos Anjos


Essa foi uma leitura obrigatória da UFPR e eu fiquei muito feliz em ter a oportunidade de conhecer a obra. O professor falava sobre ela na sala de aula e só crescia a minha curiosidade. A leitura trata de assunto muito importante, o racismo. Foi concluído em 1922 e se passa no subúrbio do Rio de Janeiro. Clara se apaixona por Cassi Jones, um homem ignorante da classe média que se passa por bom moço, mas engana as mulheres e depois finge que nada aconteceu. Lima Barreto retrata muito bem as diferenças de classe e o preconceito da sociedade no início do século XX.

3 - Mulheres, Raça e Classe

Esse, sem dúvidas, foi o livro que mais me surpreendeu dos três. Também foi uma leitura obrigatória da UFPR, mas eu trato como se fosse um presente. Adoro livros com esse cunho mais sociológico e eu aprendi muito com Angela Davis. Tudo o que ela foi e tudo o que representou e ainda representa é incrível.

Teria que fazer um post a parte sobre esse livro porque é muita coisa. Eu indico para quem gosta muito de assuntos como feminismo, sexismo, luta antiescravagista e antirracista.

Bem, eu irei deixar a sinopse aqui e tirem suas próprias conclusões:

Mais importante obra de Angela Davis, Mulheres, raça e classe traça um poderoso panorama histórico e crítico das imbricações entre a luta anticapitalista, a luta feminista, a luta antirracista e a luta antiescravagista, passando pelos dilemas contemporâneos da mulher. O livro é considerado um clássico sobre a interseccionalidade de gênero, raça e classe. 

Um clássico, para o pensador Norberto Bobbio, é um intérprete único de seu tempo, com tamanha reserva de atualidade que cada época e cada geração têm a necessidade de relê-lo e, ao relê-lo, de reinterpretá-lo. Dessa forma, um clássico cria teorias-modelo com vistas à compreensão da realidade, de tal sorte que consegue até mesmo explicar contextos diferentes daquele em que foi gestado.

O livro Mulheres, raça e classe, da intelectual e feminista estadunidense Angela Davis, amolda-se, com precisão cirúrgica, a essa definição. Publicado em 1981, logo se converteu em referência obrigatória para se pensar a dinâmica da exclusão capitalista, tomando como nexo prioritário o racismo e o sexismo. Ordena-se sobre um arco de temas inescapável para compreendermos o modo de funcionamento das sociedades marcadas pela tragédia da escravidão moderna (o papel da mulher negra no trabalho escravo; classe e raça na campanha pelos direitos civis das mulheres; racismo no movimento sufragista; educação e libertação na perspectiva das mulheres negras; sufrágio feminino na virada do século; estupro e racismo; controle de natalidade e direitos reprodutivos; obsolescência das tarefas domésticas).

A perspectiva adotada por Davis realça o mérito do livro: desloca olhares viciados sobre o tema em tela e atribui centralidade ao papel das mulheres negras na luta contra as explorações que se perpetuam no presente, reelaborando-se. O reexame operado pela escrita dessa ativista mundialmente conhecida é indispensável para a compreensão da realidade do nosso país, pois reforça a práxis do feminismo negro brasileiro, segundo o qual a inobservância do lugar das mulheres negras nas ideias e projetos que pensaram e pensam o Brasil vem adiando diagnósticos mais precisos sobre desigualdade, discriminação, pobreza, entre outras variáveis. Grande parte da nossa tradição teórica e política (Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda, para ficarmos em poucos exemplos) insiste em confinar as questões aqui tratadas por Davis na esfera privada, como se apenas desta proviesse sua solução.

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Não li muito, mas as leituras que eu fiz compensaram muito no final. Sei que esse ano foi péssimo em relação aos estudos, cursinho e vestibular, mas no final está tudo bem. Isso é o que importa! Espero que tenham gostado e até logo.
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